segunda-feira, 16 de junho de 2008

Queijos, Vinhos e etc.

O primeiro encontro "Queijos e vinhos" da turma de 2008. Lá pelas tantas; depois de Signos, Porca de Murça, Doña Domingas entre outros; já estava "Zuzzu Bein".

segunda-feira, 9 de junho de 2008

A primeira a gente nunca esquece...

Existe uma verdadeira trindade. Uma tríade que resume tudo, que contém tudo que existe neste e em todos os outros universos. Assimov, Bradbury e Clark são a minha tríade preferida. A, B e C até nisso ela é perfeita, lógica, nem o chato do C. Peirce poderia discordar.

A
simov é uma das minhas maiores referências intelectuais, para quem não sabe ele além de ser o escritor de ficção cientifica mais idolatrado de todos os tempos, era PhD em Bioquímica e uma pesquisador muito respeitado na sua área. Era um erudito, transitava pela física, genética, história, geografia, biologia, geologia com a mesma facilidade com que escrevia os melhores contos de ficção de todos os tempos. Seus textos eram tão coerentes quanto qualquer artigo científico e ele foi o criador das 3 Leis da robótica (olha o três aí, gente), um conceito tão lógico e perfeito que até hoje não foi encontrado um melhor para regular uma inteligência artificial.

Bradbury era um humanista, seus contos usam a ficção científica como pano de fundo para contar histórias tocantes e humanas. Quando eu tinha 10 anos, minha mãe entrou no círculo do livro, era um sistema no qual se podia comprar livros com desconto desde que os comprasse regulamente. Era minha vez de escolher e escolhi um pela capa e pelo tema. Era “Os frutos dourados do sol”, eu já era adepto de ficção através de Lost in Space, Star Wars e Star Trek, quando vi a capa com 3 discos voadores dourados, não tive dúvidas, era esse. Desde então, Bradbury, com suas estórias e narrativas eletrizantes, me fisgou.

Clark é o escritor de 2001-Uma odisséia no espaço. Não preciso falar mais nada. Ele só escreveu o roteiro do melhor filme de ficção, dirigido pelo maior diretor de cinema de todos os tempos, Stanley Kubrick. É pouco ou quer mais. O filme era tão à frente do seu tempo que, quando foi lançado em 1969, foi um fracasso, mas como as pessoas ficavam chapadas durante a apresentação, elas acabavam voltando para ver de novo, ou seja era preciso assistir várias vezes para conseguir assimilar o filme. Resultado virou um sucesso retumbante. Clark previu o satélite artificial, a órbita geo-estacionária, a estação espacial, o laptop, o celular, entre outros.Ele afirmava que previsões sempre acertava, só se equivocava na data. Ele dizia que não se pode confiar nos governos, senão acertaria as datas também.

Dessa Tríade eu passei para Julio Verne, Edgar Allan Poe, Dante, Dostoiesvky, Drumond, Voltaire e outros escritores fantásticos. Depois chegou outra tríade que redefiniu meu pensamento: Sócrates, Platão e Aristóteles; mas tudo começou com aqueles 3 primeiros.

Mas, qual o motivo desse prosa comprida? Bem, não sei. No fim de semana passado estava na casa da minha mãe e vi um livro com 3 discos voadores dourados na capa. Peguei-o nas mãos e lembrei de quando o li pela primeira vez, eu tinha 10 anos. Trouxe para minha casa e o deixei jogado de maneira displicente do lado do computador do meu filho, ele tem 10 anos. Será que funciona de novo? Veremos.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

De Descartes ao descarte, e além.

René Descartes é considerado por muitos o primeiro pensador moderno. Ele viveu a maior parte da vida no século 17, ainda numa sociedade feudal, seu pensamento revolucionário para a época influenciou quase todos os pensadores que o seguiram. É dele a frase “Cogito, ergo sum”; Penso, logo existo.Seu método cartesiano consistia em duvidar de tudo que fosse possível duvidar, ele acreditava que tudo deveria ser provado, com Descartes inaugurou-se o racionalismo. Alguns anos após sua morte outro grande pensador surgiu, Sir Isaac Newton, precussor do iluminismo, conseguiu unificar em suas leis tudo que se conhecia no seu tempo. Newton foi respeitado como nenhum outro cientista, com ele estava aberto o caminho para a era moderna.

Com a chegada da modernidade as relações humanas mudaram radicalmente, aconteceu a separação entre casa e trabalho, que Adam Smith considerava a mais importante das modernas divisões de trabalho. O trabalhador passou a trocar sua força de trabalho por um salário e a cada dia mecanização passa a ter maior importância, afinal citando Richard Sennet,“homens baratos, precisam de gabaritos caros”. Como Eric Hobsbawm demonstra em seu livro, A Era da Revolução, a revolução industrial trouxe uma nova realidade, onde a produção industrial tem números tão grandes e o custo do produto é tão baixo que acaba gerando a sua própria demanda. Neste cenário, para atender as necessidades da sociedade que se formava com a revolução industrial, começa a surgir o design industrial como conhecemos nos dias atuais.

Com a crescente industrialização, o design passou a ter cada vez mais espaço e graças ao consumo desenfreado necessário para manter o ciclo de “destruição criativa” do capitalismo, o homem começou a usar os recursos naturais de maneira nunca antes imaginada. O ciclo de vida dos produtos industriais normalmente era visto começando em um necessidade e passando por concepção, planejamento, projeto, manufatura, distribuição, venda, uso e descarte. Se juntarmos um produção de artefatos gigantesca, a um consumo da mesma envergadura, logicamente se chega a uma quantidade de descarte também da mesma ordem. Em nosso tempo,“Consumo, logo existo” poderia substituir a frase de René Descartes com tranquilidade.

Ao longo dos anos vários pensadores do design alertaram para esse lado da revolução industrial. Ruskin e Morris, já no século 19 falavam das péssimas condições de trabalho e da má qualidade do produto industrializado e das qualidades do artesão tanto como de seus produtos. Porém só no final anos 1960 houve realmente um crescimento da discussão sobre esses temas, podemos citar Vitor Papanek como um dos pioneiros a levantar a voz sobre um design para solucinar os problemas reais, voltado não para o mercado e sim para o indivíduo. Neste mesmo momento, Gui Bonsiepe desenvolve ações e propostas para um design para as necessidades dos países em desenvolvimento. Essa seria a base do pensamento hoje comumente chamado de design social, o design com abordagem economicamente e socialmente viável, com a tecnologia adequada e voltada ao mercado local.

Outra vertente, também surgida nos anos 1960 mas que atingiu mais relevância nos anos 1970, principalmente com a crise do petróleo e uma maior conscientização ambiental dos consumidores, é o ecodesign, esse muito mais preocupado com impacto ambiental e o esgotamento dos recursos naturais. Surge a necessidade do designer projetar pensando no impacto ambiental e social de seu trabalho e se responsabilizar por eles. O designer pode fazer design ecológico com viabilidade econômica e sendo ecologicamente correto, desenhando ou redesenhando produtos com vantangens ambientais, atuando em todas as fases do ciclo de vida dele com enfase na reciclagem, reutilização e o pós-uso. Além disso pode também pensar em economia de energia e de recursos renováveis entre outros.

Recentemente outro processo tem ganho força, baseado na idéia de conseguir unir a viabilidade econômica, com o socialmente e ecologicamente benéfico, esse processo se chama design sustentável. O design sustentável propõe garantir o equilíbrio ambiental para as gerações futuras. É um processo mais amplo e abrangente e necessita de progressos tanto no campo tecnologico como no cultural, segundo Manzini, para alcançar a sustenbilidade a sociedade precisa consumir menos e produzir menos o que acarreta mudanças em todas as áreas, passando pela politica e economia . Para sua implementação é necessário um designer preparada para interagir com outras disciplinas e com a comunidade.Com isso se nota com é importante a introdução de soluções desde da fase inicial de concepção do produto e ter uma metodologia bem estruturada para se poder avaliar a qualidade social, ambiental e econômica de um produto.

É importante lembrar que o design sustentável não é excludente em relação ao design social e ao design ecológico, na verdade todos são enfoques importantes, em constante evolução e podem, em alguns casos, até fazer parte de um mesmo projeto. Porém, citando Ullmann, sem dúvida uma das grandes contribuções do Design Sustentável é a incorporação dos aspectos sociais para a inclusão da mão de obra de comunidades locais, sem destruir a cultura local.

Encontro das turmas de Mestrado da Esdi

Tomei a liberdade de piratear algumas imagens do encontro das turmas do mestrado a ESDI. A vítima foi o blog do "veterano" mestrando Wallace Viana ( http://blog.wallace.vianna.nom.br ) e além daquele que vos escreve estavam presentes meus colegas de turma, veteranos de outras turmas de mestrado, alunos e ex-alunos da ESDI, além da participação especial do Mestre André Monat e da Iron Woman Super-Fátima.