domingo, 29 de junho de 2008
Super Homem de Aristóteles
Esta semana na Esdi, durante uma aula que eu gosto muito, veio a tona um dos pensadores que mais me influenciou, Aristóteles. A aula era sobre um texto muito legal de Pierre Levy, onde ele demonstra como a nossa inteligência é cumulativa, ou seja, só estamos no estágio atual graças a todo o conhecimento que a humanidade acumulou até hoje. Isso me fez refletir e admirar ainda mais a filosofia clássica, onde foram criados conceitos que são complexos até hoje, quase 2500 anos depois. Aí vai, "O super homem de Aristóteles":
O homem ideal de Aristóteles, entretanto, não é um mero metafísico.
Ele não se expõe desnecessariamente ao perigo, uma vez que são poucas as coisas com que se preocupa o suficiente; mais está disposto, nas grande crises, a dar até a vida sabendo que em certas condições não vale a pena viver. Está disposto a servir aos homens, embora se envergonhe quando o servem. Fazer um favor é sinal de superioridade; receber um favor é sinal de subordinação... Ele não toma parte em manifestações publicas (...) É franco quando a suas antipatias e preferências, fala e age com franqueza, devido a seu desprezo por homens e coisas (...) Nunca se deixa tomar de admiração, já que a seus olhos nada é excelente. Não consegue viver com complacência para com terceiros, a menos que se trate de um amigo; a complacência é a característica de em escravo. (...) Nunca tem maldade e sempre esquece e passa por cima das injustiças. (...) Não gosta de falar. (...) Não lhe preocupa o fato de que deve ser elogiado ou que outros devam ser censurados. Não fala mal dos outros, mesmo de seus inimigos, a menos que seja com eles mesmos. Seus modos são serenos, sua voz é grave, sua fala e comedida; não costuma ser apressado, pois não acha nada muito importante. Uma voz estridente e passos apressados são adquiridos pelo homem através das preocupações. (...) Ele suporta os acidentes da vida com dignidade e graça, tirando o máximo proveito de suas circunstâncias, como um habilidoso general conduz suas limitadas forças com toda a estratégia da guerra. (...) Ele é o melhor amigo de si mesmo e se delicia com a privacidade, ao passo que o homem sem virtude ou capacidade alguma é o pior inimigo de si mesmo e tem medo da solidão.
Este é o super-homem de Aristóteles.
Postado por Mirabeau "Através da Janela" às 23:33 1 comentários
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Queijos, Vinhos e etc.
Postado por Mirabeau "Através da Janela" às 00:33 0 comentários
segunda-feira, 9 de junho de 2008
A primeira a gente nunca esquece...
Existe uma verdadeira trindade. Uma tríade que resume tudo, que contém tudo que existe neste e em todos os outros universos. Assimov, Bradbury e Clark são a minha tríade preferida. A, B e C até nisso ela é perfeita, lógica, nem o chato do C. Peirce poderia discordar.
Asimov é uma das minhas maiores referências intelectuais, para quem não sabe ele além de ser o escritor de ficção cientifica mais idolatrado de todos os tempos, era PhD em Bioquímica e uma pesquisador muito respeitado na sua área. Era um erudito, transitava pela física, genética, história, geografia, biologia, geologia com a mesma facilidade com que escrevia os melhores contos de ficção de todos os tempos. Seus textos eram tão coerentes quanto qualquer artigo científico e ele foi o criador das 3 Leis da robótica (olha o três aí, gente), um conceito tão lógico e perfeito que até hoje não foi encontrado um melhor para regular uma inteligência artificial.
Bradbury era um humanista, seus contos usam a ficção científica como pano de fundo para contar histórias tocantes e humanas. Quando eu tinha 10 anos, minha mãe entrou no círculo do livro, era um sistema no qual se podia comprar livros com desconto desde que os comprasse regulamente. Era minha vez de escolher e escolhi um pela capa e pelo tema. Era “Os frutos dourados do sol”, eu já era adepto de ficção através de Lost in Space, Star Wars e Star Trek, quando vi a capa com 3 discos voadores dourados, não tive dúvidas, era esse. Desde então, Bradbury, com suas estórias e narrativas eletrizantes, me fisgou.
Postado por Mirabeau "Através da Janela" às 21:51 0 comentários